10. A Jornada para a Meta, Parte 3
Amados Irmãos e Irmãs,
Hazrat Inayat Khan nos pede para considerarmos qual modo e método são necessários em nossa jornada para a meta, ensinando que essa tarefa "é uma atitude de amor, uma atitude de caridade, a tal ponto em que o perdão passe a governar cada ação de sua vida."
Que a nossa viagem possa ser guiada assim como oramos, "Dê-nos a Tua grande bondade, ensina-nos o Teu amoroso perdão".
Com Ternos Cumprimentos e Orações para um mundo iluminado,
Nuria KarimaGita, Kabriya
Gatheka Social no. 10, Parte 3, A Jornada para a Meta
por Hazrat Inayat Khan
Nenhum outro método tem sido tão bem sucedido e útil quanto o método dos profetas de todos os povos, que dão ao homem a primeira lição de amor a Deus. Vemos claramente que as autoridades religiosas de diferentes épocas têm mantido a humanidade ignorante do conhecimento de Deus, e somente lhe tem dado a crença em Deus.
A ausência deste conhecimento tem feito com que o homem racional se rebele contra o que ele não consegue entender. Já não restava nenhuma ligação entre os dois, e é assim que o reinado do materialismo veio ao mundo, um reino que ainda está se espalhando. Nesses tempos de materialismo surge o caos no mundo, tudo é agitação e confusão. Todos querem fazer o bem, mas não sabem como. A esses tempos Sri Krishna chamou de “a decadência do Dharma”, quando o espírito se vai, e somente a forma permanece. Sem dúvida, o aviso vem a tempo - como intuição - para a alma, mas a embriaguez da vida, a névoa, é tão grande, que a mensagem não é ouvida, não é compreendida e nem é recebida até que o mensageiro tenha desaparecido.
Agora vamos à viagem: Quais são as condições e os métodos dela? Vemos que, quando uma pessoa se eleva acima de todas as coisas do mundo, como poder, riqueza, posses, tudo o que dá orgulho e vaidade, surge um desejo em seu coração, uma lembrança de sua origem, da perfeição do amor e da paz. Ninguém no mundo consegue fingir ter chegado a esta fase, pois cada momento da sua vida fala mais alto sobre o que ele realmente é do que aquilo que ele diz ser. Sua primeira tendência em relação à humanidade é uma atitude de amor, uma atitude de caridade, a tal ponto que o perdão passa a governar cada ação de sua vida. Ele mostra paciência em suas ações, tolerância para com a humanidade, e considera que cada um tem o seu próprio estágio de evolução. Ele não pode esperar que uma pessoa aja de uma maneira melhor do que o seu estágio evolutivo permita. Ele não faz a sua própria lei para que outros o sigam; ele segue a lei por todos.
Quando a atitude de um homem é uma atitude de amor, uma tendência a servir, a perdoar, a tolerar, uma reverência para com todos (bons e maus, jovens e idosos), então ele inicia a sua jornada.
